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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Médicos Músicos

Orquestra de médicos com 80 integrantes brilha nos palcos do País.


Toda quarta-feira à noite, o centro cirúrgico dá lugar ao palco. Em vez de bisturis, curativos e tesouras, o que se vê nas mãos dos médicos são flautas, violinos e clarinetes. Essa é a rotina de ensaios da Orquestra Filarmônica dos Médicos do Hospital Israelita Albert Einstein. Formada em agosto de 1989, quando as apresentações se resumiam às festas de final de ano de médicos apaixonados por música erudita, o grupo hoje tem mais de 80 integrantes, incluindo contratados e convidados. É uma entre tantas orquestras, formadas por profissionais de diversas áreas, que encontraram na música uma forma de reduzir o estresse e descobrir uma nova vocação.

“Há uma ligação grande entre medicina e música. Ambas envolvem arte, dedicação e sentimento”, diz a pediatra e pianista Milena De Paulis, que toca há mais de 17 anos no grupo.

A ideia de fazer da paixão musical uma atividade a ser levada a sério foi do cirurgião pediátrico e flautista Jaques Pinus. Ainda em 1989, ele convidou o maestro Venceslau Nasari Campos para reger a orquestra. Na época, o primeiro grupo dos “musimédicos” contava com 15 doutores.

Hoje, reconhecido nacionalmente, o grupo faz apresentações beneficentes em troca de alimentos, brinquedos e material escolar, e procura ajudar projetos sociais e comunidades carentes. No ano passado, eles tocaram em Paraisópolis e M’Boi Mirim, em São Paulo.

“É uma felicidade muito grande levar música erudita a essas comunidades. Eles adoram, cantam, batem palmas. Para nós é gratificante”, conta a pediatra Milena. “Tenho muito orgulho de tocar um instrumento em uma orquestra que tem um caráter beneficente. Isso revigora as energias, restabelece o equilíbrio do corpo e da alma”, completa.

Os médicos tocam com músicos profissionais e alguns levam tão a sério a paixão pela música que ensaiam passos em outras carreiras ligadas à música. O médico e flautista Samir Rahme, por exemplo, cursou regência e tornou-se maestro. Hoje, comanda a Orquestra do Limiar, da Associação Paulista de Medicina.

Entre partituras, batutas e solfejos, o clima no anfiteatro é descontraído. Durante os ensaios, todos riem e relaxam, o que ajuda a fugir do estresse da profissão. Ninguém, porém, deixa de ser médico enquanto toca. Não é raro que, durante ensaios, os “musimédicos” abandonem instrumentos para atender emergências.

Fonte: folhauniversal.com.br

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